terça-feira, 24 de maio de 2011

TUDO SOBRE A TECNOLOGIA

Laptops ultraportáteis de baixo custo inauguram outra categoria de computadores e abrem um novo ciclo de inovações na indústria.
Quando a fabricante taiwanesa Asus lançou seu mininotebook de baixo custo, o EeePC, um ano atrás, boa parte da indústria encarou o equipamento apenas como uma curiosidade. O computador, do tamanho de um pequeno caderno, com tela e teclado apertados e pouca capacidade de memória, foi considerado por muitos produtores pouco atraente aos consumidores. O passar do tempo, porém, mostrou que os céticos estavam redondamente enganados: menos de seis meses após o lançamento, o EeePC atingiu 1 milhão de unidades vendidas. Num curtíssimo espaço de tempo, a experiência da Asus foi copiada por todos os grandes fabricantes e inaugurou uma nova categoria de computadores. A novidade se encaixa entre os smartphones e os laptops tradicionais. Ganhou um nome curioso, netbook, corruptela da palavra “notebook” que ao mesmo tempo indica um dos grandes trunfos desses aparelhos: conexão com a internet. O crescimento dos netbooks tem sido explosivo. Segundo a consultoria Gartner, serão vendidas já neste ano 5,2 milhões de unidades. Em 2012, as vendas devem chegar a 50 milhões. “Foi uma idéia que sacudiu o mercado”, diz Rob Enderle, presidente da consultoria norte-americana Enderle Group.
Revolução não é uma palavra exagerada para definir o momento atual da indústria de PCs. Para muitos, os netbooks representam a maior mudança que os fabricantes enfrentam desde a popularização dos computadores portáteis. A explicação está na relação entre custo e tamanho. Tradicionalmente, equipamentos menores e mais leves tinham como característica ser mais caros, justamente em virtude da exigência de processos produtivos mais complicados. Colocar todos os componentes de um computador em uma máquina de dimensões reduzidas demandava mais desenvolvimento do que o convencional. Para produzir os netbooks, porém, a indústria conseguiu inverter a equação. Apesar de muito pequenos, eles custam barato. Parte da explicação está no uso de peças mais simples (veja quadro abaixo) e parte em um esforço de inovação para atingir uma nova faixa de preço. “A questão principal que essa categoria está disseminando na indústria é como miniaturizar as peças e ainda fornecer um computador de baixo custo”, diz Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, que lançou seu netbook, o Mobo, no primeiro semestre deste ano, ao custo de 999 reais. A faixa de preços dos modelos mais simples ainda deve cair. As telas de LCD, um dos itens mais caros em qualquer equipamento eletrônico, já são vendidas por valores 13% mais baixos que os do começo do ano, segundo a consultoria especializada DisplaySearch.

GABI

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